Você conhece uma pessoa difícil? Por que ele (a) é difícil?
Como é seu relacionamento com ele (a)?
Dizemos que uma pessoa é difícil porque é teimosa, ciumenta,
invejosa, agressiva, indiferente, mal educada, fofoqueira, intolerante, até porque ele (a) é difícil de pagar o dinheiro que emprestamos, porque não responde o que eu pergunto, não me obedece, não faz o que peço.
Meu vizinho que estaciona seu carro em frente à minha garagem impedindo que eu
possa sair quando quero.
Meu filho adolescente que deixa as roupas espalhadas pelo chão do
quarto, tênis jogados pela casa, apesar de ter pedido
incansavelmente para colocar as roupas sujas no cesto.
Meu marido que não leva o micro-ondas para o conserto. Minha esposa que continua
gastando demais no cartão de crédito e estoura o
limite do cheque especial todo mês... meu chefe que chama minha atenção em voz
alta na frente de todo mundo.
Porque ele (a) me deixa falando sozinho ou grita por
qualquer coisinha, se eu pergunto grita, se eu não pergunto grita porque não
perguntei, nem sei o que fazer...
Nessas situações muitas vezes, nos sentimos tristes,
desrespeitados, humilhados, constrangidos, impotentes. Incapazes de mudarmos essa situação, de lidarmos melhor. Nos sentimos fracos e
vulneráveis, vamos nos calando, nos fechando, nos afastando... quando
percebemos estamos sozinhos, carentes e desiludidos.
Não conseguimos entender porque a pessoa nos trata assim? O que eu fiz? –
perguntamos. Geralmente o primeiro pensamento que passa pela
cabeça é se afastar da pessoa, sair do emprego, mudar de casa, terminar o
relacionamento, romper a amizade, mas, nem sempre é possível e o que fazer?
Entender o que está acontecendo com o outro. Compreender: por que
a pessoa age assim? Muitas estão num estado de sofrimento tão
grande, estão tão machucadas por dentro que
externalizam sua dor machucando quem está próximo e principalmente quem mais a
ama... tem tanto medo de sofrer que fazem de tudo para que
ninguém goste delas; assim, não precisam passar pela tristeza de ver uma
amizade ou namoro acabando.
São agressivas, arrogantes, para que
ninguém chegue perto e não tenha acesso aos seus sentimentos. Atrás dessa
máscara de forte e inatingível, na verdade tem uma pessoa frágil, sensível, com
medo e a maneira que encontra para se proteger e se defender, é atacando.
“Nossa! Nunca tinha pensado por esse lado!”, você
pode ter concluído caro leitor, e até ter um sentimento de dó pela pessoa em
questão, mas e dai? Eu tenho que continuar
convivendo com ele (a)... o problema continua...
Exatamente! A pessoa vai continuar sendo quem ela é, você é que vai ter que
mudar. Compreender porque ele (a) age assim vai ajudar você a não levar tudo para o lado pessoal, dar menos importância
ao que a pessoa diz e faz, mas isso não quer dizer que você deva passar a mão na cabeça dele (a) e concordar com tudo que diga ou faça.
Tente se colocar no lugar dele (a). Por que
está agindo assim? Está se sentimento ameaçado? Levou uma bronca do chefe? Está
sendo pressionado? Está doente? Ou algum familiar seu? Perdeu um ente querido?
Está com dificuldades financeiras?
Se você imaginar algum momento de sua vida em que passou por uma
dessas situações, de como se sentiu, de como tratava as pessoas, pode perceber
que também fez coisas que não condizia com suas atitudes habituas, não é mesmo?
Agora é o momento de respirar fundo e amar
essa pessoa. Sim, amar em forma de paciência, tolerância, compreensão, carinho
e não revidar a agressão, mas encontrar maneiras de
neutralizá-las... e se eu não consigo? O que eu faço?
Av. Pedro Américo
, 811 - Santo André - Telefones: 3969-7516
/ 99735-7727
Publicado no jornal ENFIN – mês de março
de 2013.
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